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Hipertensão arterial atinge cerca de 30% dos brasileiros

Fonte: https://guiadafarmacia.com.br/ | Autor: https://guiadafarmacia.com.br/
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Todos os anos, aproximadamente 30% da população brasileira é diagnosticada com hipertensão arterial. De acordo com dados publicados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em 2019 ela foi responsável por doenças cardiovasculares que levaram a óbito cerca de 350 mil pessoas no País.

Trata-se, portanto, de uma questão de saúde importante e que mobiliza inúmeros esforços em prol da conscientização da população.

Como, por exemplo, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado no dia 26 de abril e instituído para servir de alerta para o problema.

Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial é uma doença crônica caracterizada pela elevação permanente da pressão sanguínea, isto é, da força que o sangue exerce contra as paredes das artérias. Em excesso, essa pressão pode lesionar os vasos sanguíneos.

São consideradas hipertensas as pessoas que apresentam níveis de pressão medida em repouso iguais ou superiores a 14 x 9 (140 mmHg x 90 mmHg).

Uma doença grave

De acordo com o cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Sampaio, atualmente, as doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil e a hipertensão arterial é a principal precursora de diversas doenças graves.

“Quando não cuidada, a hipertensão arterial pode provocar acidente vascular cerebral (AVC), infarto, doença renal crônica, entre outros problemas de saúde”, alerta o médico.

 Menos sal e dieta balanceada

A má alimentação e o excesso de sal na comida são os fatores mais comuns que levam, então,  o paciente a desenvolver hipertensão arterial.

Dessa maneira, a recomendação médica é a adoção de uma dieta saudável, que contenha, no máximo, 5 gramas de sal por dia – o que é equivalente a uma colher de chá. No entanto, a média nacional chega a 12 gramas por dia.

“Nós, brasileiros, comemos muito sal e parte da responsabilidade por esse comportamento é o consumo de alimentos industrializados”, afirma Marcelo Sampaio.

O cardiologista da BP chama também a atenção para o uso de alimentos hipotensores como aliados no combate a hipertensão. Consumidos na medida certa, ajudam a equilibrar e até baixar a pressão arterial.

“Podemos eleger leites e derivados, que são ricos em cálcio, e tomate, banana e laranja, que são ricos em potássio”, explica ele.

Hipertensão arterial e pandemia

Pessoas hipertensas fazem parte do grupo de risco da Covid-19. Isso se dá devido à fisiopatologia das duas doenças.

A saber, o novo coronavírus entra nas células por meio de um sistema chamado enzima conversora de angiotensina, que é o mesmo onde se observa as maiores alterações em pacientes com pressão alta.

O comportamento social, fortemente impactado durante a pandemia, também é responsável pela hipertensão arterial.

O sedentarismo aumentou significativamente no decorrer dos últimos 12 meses, uma vez que as pessoas estão mais presentes dentro de casa e, portanto, se exercitam menos.

Então, outro ponto, bastante preocupante é a falta de diagnóstico.

“A pressão alta não pode deixar de ser acompanhada. O diagnóstico é feito de maneira muito simples, bastando aferi-la. Porém, existe um receio das pessoas buscarem um médico nesse momento. E por isso é importante lembrar que todas as grandes instituições de saúde estão trabalhando com um reforço nas questões de segurança, com fluxos específicos para pacientes que necessitam de atendimento por outras condições que não sejam a Covid-19”, alerta o médico.

Contudo, o estresse e a ansiedade causados pelo momento em que vivemos também colaboraram a aumentar os níveis da pressão arterial.

“O perfil do hipertenso hoje no Brasil é homem, entre 30 e 50 anos, obeso, sedentário, fumante e estressado. É consenso na comunidade científica a contribuição do estresse para a doença. Inclusive, é cada vez mais comum estudos que elegem a meditação como saída para controlar a pressão”, finaliza o especialista da BP.

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